segunda-feira, 15 de junho de 2009

New WAR - Nukes


Este senhor pode vir futuramente a nos apresentar um temor conhecido apenas em livros de história e filmes. Este é um fantoche de Kim Jong iI, retratando comicamente sua aparência bem peculiar. Porém, suas atitudes não prometem ser motivo de alegria. Kim Jong-iI é o líder (ditador) máximo da República Popular Democrática(?) da Coréia do Norte. Além disso, é também presidente da Comissão Nacional de Defesa, um orgão que recebe 1/3 do PIB nacional para armamento militar (40 bilhões de dólares). A Coréia do Norte detém o terceiro maior exército do mundo - estima-se mais de um milhão de soldados. Ele tem planos de conquistar o respeito das demais potências utilizando à força, se preciso. E tem dado provas de que deve mesmo ser levado à sério: Em abril realizou um teste nuclear com uma bomba de impacto semelhante ao poder atômico da bomba de Hiroshima; Lançou também mísseis "para teste" no Mar do Japão; Lançou um míssil que poderia acertar a América do Norte - ainda que sua posição oficial foi que se tratava apenas de um míssil de satélite; Recusou-se a aceitar a proposta de desarmamento nuclear que vem sendo tratada por grandes países; Rompeu o armistício com a Coréia do Sul; e, por fim, afirmou que qualquer tentativa de interceptação de seus navios para inspeção sobre armas nucleares ou formas de bloqueios econômicos serão consideradas como uma declaração de guerra. De tudo que eu pude ler a respeito, não existe, nesse momento, qualquer estratégia diplomática para entrar em acordo com Kim Jong. Há tempos que os EUA vem subornando a Coréia do Norte com petróleo e alimentos em troca de um acordo de não proliferação nuclear - acordo não cumprido pela Coréia. Agora, Kim Jong ficou ganacioso e quer muito mais (numa atitude surpreendente para um chantagista!). Ele promete não recuar enquanto seus termos não forem atendidos. E uma guerra com armas nucleares pode estar próxima...
Eu sempre achei que a bomba americana lançada em Hiroshima e Nagasaki fosse uma atitude estúpida e irracional. Eu procuro continuar sustentando esta posição mas, tenho muitas dúvidas. Foi a conta de que uma análise humanitária de ações militares ocorre, normalmente, em ambientes seguros e numa época em que a guerra só acontece distante dos muros de nossas casas. Kim Jong pode mesmo levar a cabo seus planos de ataque militar (e mesmo nuclear) contra outros países, portanto, questiono: diante de um ataque nuclear realizado pela Coréia, será que a humanidade ficaria contrária à uma resposta militar frente à ofensiva nuclear norte coreana? Será que a nossa ética irá permitir que a morte de milhares de pessoas num ataque nuclear fique em vão e não deva ser combatida com a mesma intensidade, se preciso? Ou será ainda que este pensamento apenas vem confirmar que a natureza humana anseia pelo confronto ainda que disfarçada por argumentos morais? Ainda que estas respostas não passem apenas de um mero exercício de reflexão - por que não serei eu o responsável por tomar uma decisão visando dissolver esta questão -, temo apenas pela ameaça que este conflito realmente representa: uma guerra que não ocorre em fronteiras, nem entre exércitos. Mas, entre longas distâncias, no interior de cidades e matando milhares de pessoas instantâneamente. Espero que a nossa geração não tenha que atravessar período tão tenebroso.

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