segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Sua coluna CAPRICHO de toda semana.


O que querem as mulheres? Foi a pergunta que Freud se fez um dia. Morreu antes de conseguir respondê-la. A resposta foi descoberta há uns dias trás. Um brilhante comediante foi capaz de respondê-la: "tudo". Simples, não? Como toda resposta importante costuma ser. As mulheres querem tudo. Só as mulheres podem falar isso: "tudo!". Mas, ultimamente, esse desejo tem levado às mulheres a um estado de intenso desespero. As mulheres não podem ter tudo. Elas não podiam antes e também não podem ter agora. Então, o que mudou? É que antes elas queriam ter tudo, porém, naquela época de antigamente, eram poucas as coisas que efetivamente poderiam ter: um marido provedor, filhos, um lar e uma vida confortável = vida feliz/ou um adoecer histérico. Agora, as mulheres, a cada dia, querem ter mais coisas: uma carreira profissional de alto nível; uma casa para chamar de "sua" (antes de uma para chamar de "nossa"); encontrar um homem ideal (sem aspas, porque, sim, eu provoco!); ser mãe e também estar sempre perto dos filhos; viajar pelo mundo (peraê... Isso deveria ou não ser antes???); ter dinheiro para as contas estarem sempre pagas no fim do mês; um carro que saiba estacionar sozinho; ter aos 40 o mesmo peso dos 22 anos; e ter uma quantidade exata de bolsas e sapatos para cada combinação de roupa que ela queira montar. Muita coisa, não é? Na verdade, não. Peço desculpas as minhas leitoras por ter feito uma lista resumida dos objetos mais comuns de seus desejos, enumerei quase todos os que me vieram à cabeça. Por outro lado, em qualquer área no mundo, que forme qualquer espécie de analista, este, diante de um projeto que tenha essas pretensões, daria categoricamente, como parecer, a inviabilidade de tal empreitada. E as mulheres com isso? Nada. Os desejos das mulheres não dão a mínima para as análises dos especialistas. Eles estão lá pressionando os mais louváveis esforços de equilíbrio da mulher moderna, e elas tem diariamente sofrido com essa gigantesca quantidade de exigências.

Tudo a respeito deste mundo que conhecemos, é que ele aumentou - e muito - o número de nossas escolhas. E renunciar todas essas inúmeras possibilidades, em detrimento de uma única, que nunca nos dá qualquer garantia mínima de retorno, nos faz sofrer no exato momento em que tomamos uma decisão. E é nesse tipo de mundo que a mulher mais evita viver. Por que o custo para ela é sempre muito alto - maior que para os homens, em comparação. A felicidade das mulheres está diretamente envolvida com a necessidade de flutuar por suas fantasias. Este mundo rápido, dinâmico e infinito de escolhas atrapalha o ritmo feminino. Paradoxalmente, este mundo é resultado da exigência feminina de participar ativa e livremente nos rumos que a sociedade deveria tomar. É um mundo que a mulher ajudou a construir, fundamentalmente, com seus ideais - ainda que ela tenha, tardiamente, se dado conta que era impossível saber que esse era o bicho que ia dar. Nós homens - poucos acostumados a esperar que decidam por nós- ficamos a tentar encontrar uma maneira de viver num mundo onde precisamos aprender uma forma de esperar o tempo necessário para a mulher se ambientar com seu novo papel. Para elas se acostumarem com o dever de assumir escolhas, aceitar renúncias e pouco sofrer com as incertezas. Enquanto nada disso acontece, os homens vão, paulatinamente, explorando seu lado emocional e perdendo sua virulência capilar. Triste de ver...

Um comentário:

Mel disse...

Quero sim, tudo o que você citou. Só não preciso de um carro que estacione sozinho, pois eu o faço muito bem. Inclusive melhor do que qualquer homem que conheço, e não é pretensão minha. Pode perguntar.
Queria eu viver numa época onde só era preciso ser boa mãe, esposa e "do lar". Não vou negar, essa vida devia ser boa.
Mas gosto da independência, e vocês homens também!
Que homem não quer uma mulher, com tudo o que ela quer?
Mulheres são complicadas, difíveis, implacáveis. Umas piores, outras melhores. E eu sou das piores... Mas essas, como eu, são as que dão mais prazer de se conquistar. De se domar. Mas não se doma. Nem adianta. Mesmo elas querendo, assim como eu, um laço, uma amarra. Por isso a vontade do passado. Não pelas "facilidades" que a vida dava, mas pelas que a gente se permitia.
Espero que todos continuem a querer saber e entender e, quando descobrir, me conte! beijo!!! Amei o post!