segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Psicóloga francesa defende infidelidade masculina para ajudar o casamento

Uma das mais famosas psicólogas francesas causou polêmica ao defender, em um livro recém-lançado, que a infidelidade masculina é boa para o casamento.

No livro Les hommes, l'amour, la fidélité ("Os homens, o amor, a fidelidade"), Maryse Vaillant diz que a maioria dos homens precisa de "seu próprio espaço" e que para eles "a infidelidade é quase inevitável".

Segundo a autora, as mulheres podem ter uma experiência "libertadora" ao aceitarem que "os pactos de fidelidade não são naturais, mas culturais" e que a infidelidade é "essencial para o funcionamento psíquico" de muitos homens que não deixam por isso de amar suas mulheres.

Para Vaillant, divorciada há 20 anos, seu livro tem o objetivo de "resgatar a infidelidade". Segundo ela, 39% dos homens franceses foram infiéis às mulheres em algum momento de suas vidas.

Fraqueza de caráter

"A maioria dos homens não faz isso por não amar mais suas mulheres, Pelo contrário, eles simplesmente precisam de um espaço próprio", diz a psicóloga.

"Para esses homens, que são na verdade profundamente monógamos, a infidelidade é quase inevitável", afirma.

Para Vaillant, os homens que não têm casos extraconjugais podem ter "uma fraqueza de caráter".

"Eles são normalmente homens cujo pai era fisicamente ou moralmente ausente. Esses homens têm uma visão completamente idealizada da figura do pai e da função paternal. Eles não têm flexibilidade e são prisioneiros de uma imagem idealizada das funções do homem", afirma ela.

(http://extra.globo.com/saude/plantao/2009/12/30/psicologa-francesa-defende-infidelidade-masculina-para-ajudar-casamento-915403210.asp)

Ainda estou considerando opinar ou não sobre a matéria. Por enquanto, deixo a seguinte pergunta: "E agora, moçada?".

3 comentários:

M&M Closet disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Milena Matias disse...

Olá analista!
Seu post vai dar pano pra manga, eu pensei muitas coisas lendo!
Acho "defender"infidelidade um tanto arriscado...Pensar que alguém que não é infiél tem uma falha de caratér(??) Por que??Que o homem trai pq precisa de um espaço, acho que trai por vaidade, por tesão mesmo, pq socialmente precisam terr menos freios neste aspecto. Aí a mulher trai menos, pq o freio dela é menor, mas é dá um google e vê que os números de mulheres traindo vem crescendo e ouço muitas que traem e muito. Ilude- se quem pensa que a mulher só tai pq a relação está ruim, e algumas, muitas vezes nem pra melhor amiga elas contam.
Vejo que sim, existem "leis" regras sociais baseadas numa cultura monogâmica e que as pessoas podem repensá-la quando quebrada, qdo surge uma traição na relação. Vai da relação de cada um, do que cada um estabelece. Um ato "infiel", dependendo de como acontece, pode fazer com que as pessoas repensem suas relações e isso é válido. O que acredito ser danoso é o companheiro "traído" perdurar na posição de vítima. Detesto aquela frase: "eu perdoei a traição de fulano", acho mais interessante lidar com ela. Agora, se pensarmos a questão do gênero envolvida, pessoalmente fico brava quando ela coloca que a boa vida conjugal pode ser mais satisfatória quando se inclui infidelidade masculina e fidelidade feminina no acordo. (entendi assim).Traz a impressão de que o relacionamento está nas mãos da mulher, que para mantê-lo deve incluir mais uma receitinha...Poxa, as mulheres trabalham, criam filhos, cuidam da casa, tem interesses diversos...casamento é fantástico, amar, incluir um compaheiro em na vida, mas outas coisas também são muito boas.
Enfim, falei muito, mas me vieram muitas coisas com esse post!
beijo!

O Analista disse...

Milena,
Tem uma coisa muito interessante para mim nessa matéria. É esse ponto em que toca a traição representar algo diferente para o homem do que para mulher. Não penso haver um final satisfatório ao se levar adiante isso a uma espécie de acordo (Infidelidade masculina + fidelidade feminina). Até por que, se existe acordo, não é mais traição! E a traição consentida pela mulher a torna extremamente desvalorizada perante o homem, o que levaria irremediavelmente ao fim da relação saudável.
No post anterior, eu chamei atenção ao fato observado por Freud sobre os homens não desejarem a mulher que amam, nem amarem a mulher que desejam. A mulher respeitada que amam fica restrita ao modelo de mãe. E o pai (a Lei) é quem proíbe a comunhão entre essas instâncias. Mas quem vai proibir essa comunhão entre pai e filha no lugar dele/pai? É possível pensar que isso traz uma luz sobre o fato dos homens gostarem de sexo e pensarem em mulher? Enquanto que as mulheres gostam dos homens e só assim pensam em sexo? Não sei dizer com certeza... Mas, tem fatos para se considerar: os homens sempre estão ativos, confiantes e atraentes quando estão solteiros. É como um estado de alerta permanente, um caçador à procura de sua presa. Eles utilizam tudo o que (parcamente) sabem sobre sedução para conquistar. E depois que conquistam? Ficam passivos, neutros e desestimulados, descuidam da aparência e desligam o radar. Em parte isso se deve ao seu mecanismo "natural" de macho. Em outra, por conta da mulher apresentar às outras mulheres seu recibo de compra sobre a mercadoria que foi retirada da prateleira. As mulheres, em sua maioria, continuam as mesmas. Isso AINDA existe. Tem muito haver com o mundo de antes, dos homens que sabiam seu papel. As relações mudaram. E o homem voltou a ficar em alerta. Você destacou que tem mulheres traindo com a mesma vontade de aproveitar o sexo que os homens. São coisas permitidas nesse mundo atual. É possível pensar que a traição nessa nova realidade tenha um novo significado, e não mais esse que a nossa colega francesa aposta em seu livro.
Sempre me divirto com seus precisos comentários psicofemininos!:) Beijos