Todos sabem que o número de casais divorciados vem aumentando em comparação a realidade de 20 anos atrás. Não é só isso: dá para acreditar que atualmente exista uma divisão bem equilibrada entre os traumáticos casais divorciados e os de união sacramentada por um entre os inúmeros e supostos criadores do universo. Todo aquele papo de criar filhos com papai e mamãe, com valores familiares, foi assim que Deus ensinou, blá, blá, blá... Tudo isso, no fim... Foi uma mentira ruim de ser descoberta! Não, não... Eu não ligo a mínima para as malditas convenções que obrigavam as pessoas permanecerem unidas, a ponto de começarem uma guerra infeliz e sangrenta "até que a morte os separe". Essa geração cresceu moralmente hipócrita e recalcada. Deixou uma herança nociva e precisou ser mudada. As pessoas tomaram um outro rumo. Foi quando formamos uma nova era, conhecida como "A Geração do divórcio". A liberdade, o direito garantido, de todo, e qualquer cidadão, de dar um bico no rabo do(a) parceiro(a) rumo às mais distantes galáxias. Para depois, é claro... começar de novo! Os homens normalmente recomeçam e quase sempre não querem nada sério - tornando o pai objeto descartável. As mulheres, nesse momento, ficam cuidando dos filhos, trabalhando duro na carreira. Elas conhecem as poucas perspectivas de ainda encontrar um cara interessante, solteiro e que tope seriamente assumir essas condições. Está nas mãos dela, na maior parte das vezes, realizar todo o trabalho com os filhos, quase sempre sozinha. Normalmente esta é a realidade que estou vendo. São os filhos de Sarah Connor: pouco tempo para lidar com suas próprias confusões mas, nascidos para vencer o destino. A vida exige muito das pessoas e rouba delas o convívio com sua família. É nesse ponto que os filhos se criam sozinhos. Sem uma pessoa servindo de bom exemplo. Sem ensinamentos importantes a serem aprendidos. Sem uma história de vida a ser compartilhada. Você encontra provas desse fato em todo lugar. Garotos de 10 anos cometendo assassinatos. Crianças gerando crianças. Relacionamentos superfuluos. Fatos antigos, é verdade mas, altas estatísticas! O pouco tempo força os pais para somente preparem o alerta aos filhos de uma vida dura, perigosa e que vai te bater e deixar de joelhos se você permitir. Onde estão as pessoas que resolviam os problemas que ocorriam nessa hora? Aqueles caras que costumavam te ensinar coisas importantes sobre não existir amizade sem lealdade. Sobre levantar a cabeça quando perder, sem choramingar. Respeitar os mais velhos e proteger os mais fracos. Aprender com a "Old School", porque eles entendem de tudo quanto é assunto. Tratar mulheres sempre como damas, e não se permitir ser um babaca como tantos outros. E o mais importante: trilhar o caminho do que é certo, bom e justo. Não importa o quê os outros deixem de fazer. Está provado que num mundo que tenta te tirar tudo, este ainda parece ser o melhor caminho. Problema antigo ainda sem solução. Os exemplos simplesmente sumiram. O vazio ficou no seu lugar. O pai está em falta, não existe mais o homem da relação, nem tampouco o mentor. E os filhos da Sarah Connor crescem por aí... Confusos e sozinhos... Precisam salvar o futuro.
*Sarah Connor: personagem da estória "Terminator" (Exterminador do Futuro). Mãe de John Connor. Orfão de pai, futuro líder da resistência contra às máquinas, pressionado por sua mãe a passar toda sua vida aprendendo uma única coisa: como salvar o mundo.
quinta-feira, 26 de março de 2009
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Um comentário:
Estão confusos mesmo, mas vão encontrar formas de lidar com isso...espero otimista.
Grata pela visita ao meu blog.
Milena
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